domingo, setembro 18

Práticas da ação educativa (nível 2) - ACJI

Obs. ACJI - acompanhamento em creches e jardins de infância

Novo ano letivo, novo desafio! Numa fase de diagnose, para conhecer o "melhor" de cada  aluno, procurei arranjar jogos que facultassem este conhecimento. Um dos jogos criados, no sentido de ir de encontro à descrição geral deste curso, foi o jogo "escolhe o bebé"! Este tinha como regras as que se elencam:
1. O(a) aluno(a) levantava-se da cadeira e ia escolher 1 bebé;
2. Já com o bebé ao colo teria que completar a seguinte frase: "este(a) é o(a) ......e é o(a) meu(minha)......."


No final das apresentações, os alunos tiveram de anotar a sua apreciação sobre o discurso que mais gostaram e justificar a razão. Houve alunos que fizeram a sua prestação no lugar, apontando apenas a sua seleção e discursando  no lugar. Sobre este aspeto a professora referiu que "nunca devemos obrigar ninguém a jogar, quando não tem vontade".

Notas sobre esta aula:
a) a aluna com maior número de votos foi a Tânia Albuquerque, sendo a justificação dos alunos argumentada pelo CARISMA que a colega apresentava no seu desempenho, associado a outros elementos, como: carinho; jeito para lidar com o bebé; exprimiu-se bem; pegou no bebé como se fosse real; estava à vontade.
b) a aluna Patrícia Rodrigues foi igualmente muito votada pelos seus colegas, aluna onde se ressaltaram as seguintes qualidades: responsabilidade; conhecimento; humor e jeito.
c) a "Elisa pegou nos dois bebés" e a Joana "falou sem a professora a interromper". "O Gustavo mostrou cumplicidade com o bebé".
d) a professora destacou, no final do jogo, os alunos: Tânia, Elisa, Cláudio e Patrícia.

Nota muito positiva, para TODOS os alunos, pelo autocontrolo dos sentimentos e emoções dos quais são expressão o respeito mútuo, a tolerância crítica e outras atitudes positivas, como a atenção e o cuidado pela pessoa do outro (Sharp & Splitter, 2008:11).

Post scriptum: a maioria dos alunos escolheu o bebé maior, referindo que era um rapaz, no entanto, a professora "armadilhou" o jogo, pois disse que era uma rapariga, vestida  com as roupinhas do irmão! Isto serviu para não nos deixarmos levar pelo estereótipo "o hábito faz o monge", mas o vestuário é comunicação (Eco, 1989: 7) e este pormenor é relevante no contexto!

1 comentário:

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