quarta-feira, outubro 18

Foi há 2 dias...

5H30’ – continua o cheiro a fumo insuportável. Na rua apenas caminha um fumo silencioso. Cinzas ainda trazem as lágrimas e os gritos de todos.
[…]
7H 20’ – saída para a viagem até à escola. A A24 abafa o horror de uma noite vivida em desespero. Trocam-se preocupações, angústias e revoltas num carro cheio. A viagem faz-se a meio silêncio.
[…]
8H20’ – chegada à escola. O manto negro cobre a vila numa cauda enorme. O cheiro inibe-nos o pensamento. Os jovens manifestam no seu olhar a necessidade de se sentirem seguros. Nós, professores, tentamos encobrir a nossa inquietação, justificada pela viagem e por termos os nossos longe, mas perto do perigo.
8H56’ – os alunos, sob necessidade conjunta, orientaram-se na realização de trabalhos de grupo. O texto não literário acompanha o mote para a aula, que decorre tranquila. Notícias, texto de opinião e o cartoon fazem parte da sua discussão. Acrescentou-se o “poema”, texto literário por excelência, dada a necessidade de se exteriorizarem as revoltas, as necessidades, o amor que temos pelos nossos e pelo planeta que está saturado de maus tratos…
9H05’ – ouve-se o 2º toque. Continuamos os trabalhos. Estamos em alerta. O dia não amanhece.


Eis os resultados:


Portugal está a arder.

Mais de 6.000 operacionais combatem o fogo em todo o país. 15 de outubro não foi o fim do mundo, foi apenas o começo de chamas destruidoras.


            “foi o pior dia do ano” afirmou Patrícia Gaspar (porta voz da autoridade nacional da proteção civil), foi no dia 15 de outubro que Portugal foi “vítima” de mais de 440 incêndios florestais, 33 deles em grandes proporções.
            Em alguns pontos do país a ajuda é pouca para as chamas que cobrem Portugal. Os bombeiros, as forças policiais e a proteção civil encontram-se alerta e impossibilitados de acudir a todas as emergências.
            O primeiro ministro, António Costa defende Constança Urbano de Sousa, ministra da administração interna, dizendo que “consequências políticas não significam demissões” e que “continuarão a acontecer desgraças. O primeiro ministro referiu a sua opinião sobre os incêndio em Portugal, na reunião com a proteção civil.
            Apesar de algumas frentes ativas estarem controladas, o número de vítimas mortais subiu para 32. A proteção civil criou um número para que as pessoas com dúvidas possam ser informadas especificamente. O número para o qual deve ligar é: 800 246 246.
            Portugal encontra-se numa situação crítica, visto que algumas escolas se encontram fechadas e algumas aldeias evacuadas.
            Neste dia, Portugal encontra-se a arder.



Francisca 
Igor 
Maria 


Texto de opinião: Incêndios

Neste domingo, dia 15 de outubro, uma vasta afluência de incêndios deixou Portugal e a sua população em grande desespero. Este dia foi classificado como o “O Pior dia do Ano”, pela proteção civil. No mesmo ocorreram mais de 300 fogos, dos quais 13 deles foram classificados como graves. Os mesmos provocaram 6 mortos e 25 feridos. A combater as chamas encontravam-se mais de 5397 operacionais ao longo de todo o país. Os bombeiros acreditam que grande parte dos incêndios devem-se à ação humana (fogo posto).
            Na nossa opinião não é normal esta quantidade de incêndios decorrer neste período de tempo (setembro/outono), mas sim no verão. Achamos que grande parte, senão todos os fogos, se devem  à ação humana (fogos postos). O que desperta curiosidade sobre os incendiários é a razão pela qual eles incendeiam matas; florestas, … Para nós existem duas opções: os incendiários sofrem de alguma demência ou paranoia (desemprego; divórcio; depressão;…) ou, em muitos casos, escondem outros interesses por detrás desta ação criminosa (pastores que ganham melhores e novos pastos, entre outros).
            A enorme  quantidade de incêndios espalhados por todo Portugal levou a população ao pânico e à angústia. A tarefa dos Bombeiros não é fácil, pode constatar-se isso devido à presença de 5397 operacionais em terreno e ainda continuarem vários incêndios ativos. Para além das vítimas mortais e feridos graves, estes incêndios provocaram danos materiais tais como habitações e áreas comerciais, deixando desalojados e desempregados grande número de habitantes de diversas zonas do país.
            Com os incêndios vêm alguns perigos para população: problemas respiratórios, devido ao fumo que circula pelo ar inalado por todos; as contaminações da água, as primeiras chuvas vão levar as cinzas para as águas contaminando-as; o decréscimo de oxigénio puro, devido à destruição de grande área florestal responsável pela fotossíntese (“transformação” de dióxido de carbono em oxigénio); a diminuição do pasto que, possivelmente, levará à diminuição do gado que, consequentemente, poderá levar ao acréscimo do preço da carne; poluição atmosférica que poderá provocar um aumento da temperatura média do planeta que, por sua vez, poderá derreter os glaciares que acabarão por submergir parte da superfície terrestre.
            Aqui deixamos algumas sugestões que achamos importantes para colmatar ou reduzir esta situação degradante que estamos a viver. Os incendiários deveriam cumprir uma pena pesada assim como serem obrigados a contribuir na limpeza das matas e florestas; aumento do número de guardas florestais no terreno; obrigar todos os proprietários a limpar e manter a limpeza dos seus terrenos; os meios terrestres de apoio a incêndios aos bombeiros deveriam ser gratuitos e o seu número deveria aumentar assim como o combustível e os bombeiros voluntários deveriam ser remunerados para prestarem serviços de socorro, o que aumentaria o número de bombeiros.
            Para finalizar, deveríamos refletir sobre o que cada um de nós, apesar de jovens, podemos contribuir para diminuir esta calamidade.

O que foi para mim (nós) esta aula?

            Esta aula fez-nos pesquisar sobre a atualidade de uma forma mais aprofundada, mas, acima de tudo, fez-nos refletir sobre o que faríamos “Se fosse connosco?!”, devido ao que pudemos constatar com os nossos próprios olhos e ouvidos através dos meios de comunicação social. A angústia, o desespero e a revolta que as pessoas manifestam através de ações e palavras atingiu-nos de uma forma diferente devido a este trabalho.
            Podemos dizer que, com esta aula, aprendemos uma preciosa lição de vida.




Ana 
Mara





Esta aula deu-nos a oportunidade de revelar e partilhar o que nós sentimos, pois o planeta está a arder e o próprio ar nos impede de respirar livremente.
         Foi fácil fazer o trabalho, bastou traduzir o que sentimos numa simples imagem. Aplicamos os nossos conhecimentos e, ao mesmo tempo, abordamos um tema importante que estamos a viver. É importante falar sobre este assunto para nos preparar e sabermos como agir num caso de incêndio.
        Também nos foi dada a oportunidade de trabalhar em conjunto, o que é importante e útil, pois ao trabalhar coletivamente  adquirimos mais conhecimentos e ajudamo-nos obtendo melhores trabalhos.
Clara
Diogo
Gonçalo R.





Beatriz T.
Beatriz A.
Joana
Margarida



Os textos só hoje foram postados, mas o tema mantém a sua importância.
Um enorme abraço a todos os alunos que, de uma forma ou de outra, foram atingidos por esta calamidade.

Ficam as imagens da aula, onde o uso do smartphone foi uma preciosa ajuda para as pesquisas, enriquecendo o universo de referência dos alunos.

                                                             Poema da Liliana e Tatiana








Voltámos!

Chegou a inspiração para voltar a dar energia a este blogue!
Testemunhos de boas práticas, sugestões para aulas, estratégias para aprender serão o mote!
"Boas viagens"! Em sentido figurado, claro!

https://read.bookcreator.com/KDxGUu4WCOhVMR1BqkDIDUyDKav2/_P40yRQBRC-iiR8MzQtGYA